quarta-feira, 26 de maio de 2010
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo detalhado do referencial teórico e a observação constante no processo de pesquisa foram fundamentais pra entender como se dá esse fenômeno sócio lingüístico que ocorre no Brasil e em outros países. É mito dizer que países da Europa como Portugal, Espanha, Itália e até mesmo a França têm características homogenias em suas respectivas línguas, não existe uma língua totalmente pura, apesar de existir uma resistência maior em aceitar termos lingüísticos estrangeiros em algumas nações, nenhum sistema governamental poderá controlar a evolução da língua, mesmo porque ela é um ato social e não individual como afirma Saussure, 1996. Contudo sabemos que a própria história da formação e evolução da língua portuguesa desde sua origem na península ibérica até a imposição de seu uso no Brasil pelos antigos colonizadores portugueses trás características de aceitação de empréstimos lingüísticos muito mais tolerantes em comparação com outras línguas neolatinas faladas na Europa. Até mesmo no Brasil houve uma tentativa de regulamentar o uso de empréstimos lingüísticos tentando proibi-lo como forma de lei. Fato que ocasionou grande polêmica entre o povo, a comunidade lingüística e os governantes brasileiros.
O uso do anglicismo em particular, objeto de nosso estudo, podemos constatar que além da necessidade do empréstimo devido a falta de termos de igual significado em língua portuguesa, como é o caso dos termos técnicos usados na área da informática entre outros, há também a necessidade do modismo e consumo, causando assim uma substituição de termos portugueses por termos anglicistas a fim de refletir uma sociedade “perfeita” e dominante, no caso os Estados Unidos. E por esse motivo surge a polêmica ente os puristas e os linguistas menos tradicionais.
O anglicismo como qualquer outra forma de estrangeirismo, não acarreta nenhum prejuízo para o sistema lingüístico da língua portuguesa, exemplo disso é que as pessoas se apropriam e incorporam os termos estrangeiros de tal maneira que passam a conjugá-los conforme normas gramaticais portuguesas, é o exemplo da palavra delete que em inglês significa apagar, e é usado pelo povo brasileiro em todas as formas verbais possíveis (ele deletou, nos deletamos, etc).
No caso dos produtos da Avon vimos que as revendedoras e consumidoras tendo dificuldade em pronunciar seus nomes, encontram outras formas de garantir a comunicação, criando uma nova maneira de pronúncia que mais se aproxime da sua realidade linguística. E muitas vezes nem sequer se preocupam em saber o significado dos nomes de tais produtos, agregando ao nome um novo significante que condiz com as características do objeto de consumo.
Entendemos que a necessidade de consumo está diretamente ligada a argumentos midiáticos fortalecidos pelos sentimentos de prestígio sociais, o que interfere diretamente no vocabulário nacional ao incorporar novos nomes estrangeiros ao nosso acervo, refletindo justamente na vida cotidiana de povos menos privilegiados em relação as nações com maior poder econômico e cultural. No caso Brasil – Estados Unidos, percebemos que os brasileiros procuram se aproximar da realidade norte americana através do consumo de produtos que são utilizados naquele país.
Ainda há muito que ser pesquisado nessa área de empréstimos lingüísticos, afim de saber se realmente em algum momento da evolução diacrônica da língua realmente poderá ocasionar algum prejuízo para a língua portuguesa, e não só pra o Brasil mas também para todos os países falantes da língua de Camões e Machado de Assis.
O Anglicismo, Um Ponto Positivo ou Negativo Como Argumento de Marketing?
As consumidoras foram questionadas sobre o que elas acham sobre o uso de estrangeirismos nos nomes dos cosméticos e 20% disseram ser interessante, pois chamam mais a atenção do consumidor, 32% disseram ser indiferente quanto aos nomes estrangeiros, já 48% disseram não ser favorável ao uso dos estrangeirismos, e deram como justificativa o fato de se sentirem constrangidas quando precisam se referir ao produto pelo nome:
Pesquisador – Qual sua opinião sobre a Avon em relação ao uso de nomes estrangeiros em seus produtos?
Consumidora1 – Eu não gosto porque a pronúncia se torna mais difícil, e às vezes quero pedir um produto que eu já conheço, mas não sei dizer o nome pra revendedora.
Consumidora 2 – Às vezes ajuda, às vezes atrapalha, porque as pessoas que compram avon geralmente não sabem pronunciar nomes estrangeiros, então acho q isso atrapalha...
Ao perguntar se elas se preocupam em saber o significado dos nomes dos produtos que compram 24% afirmaram que sim e 12% delas disseram que às vezes se preocupa com isso, contra 64% que declarou nunca se preocupar em saber o significado dos nomes dos produtos que utilizam e ainda completaram dizendo que o importante é a qualidade do produto que estão comprando e 68% das consumidoras confessaram ter problemas para ler as instruções e composição química dos produtos por estarem em língua estrangeira, por esse motivo preferiam que a empresa repensasse o excesso de estrangeirismo.
Entretanto quando foi perguntado se o fato dos produtos terem nomes estrangeiros causavam um sentimento de maior prestigio e status social 24% disseram que não, contra 76% que afirmaram ter necessidade de usar um produto importado.
Pesquisador - Você acha que pelo fato dos produtos terem os nomes estrangeiros traz um sentimento de maior prestigio e status social? Por quê?
Consumidora 1 – Com certeza sim, porque como é importado o povo acha que tem mais valor e se os nomes fossem em português as pessoas não dariam tanta credibilidade, mas como o nome tem origem de outro país tem uma grande influência no momento da compra.
Consumidora 2 – Acho que sim, porque antigamente os produtos da Avon estavam um pouco decaídos, e eles começaram a colocar nomes estrangeiros para chamar mais atenção dos consumidores, de uns tempos pra cá os produtos ficaram mais bonitos e a qualidade também melhorou muito.
Se por um lado há certa rejeição das consumidoras devido aos nomes de origem inglesa nos produtos, por outro existe uma aceitação muito maior, pois o desejo de adquirir um produto que também é usado nos Estados Unidos é latente nas consumidoras “quando vejo aquela atriz de cinema lindíssima usando as maquiagens da Avon me da logo vontade de comprar os lançamentos do mês” declarou uma consumidora. A atriz que ela se refere é a Reese Whiterspoon, 31 anos, que estrelou o longa metragem “Legalmente Loira” entre outros. Conforme informações do site da Revista Criativa, Whiterspoon fechou contrato em 2007 com a marca de cosméticos da Avon para ser garota propaganda e também ser porta voz das campanhas contra o câncer de mama e a violência domestica. Segundo Andréia Jung, executiva-chefe da Avon, a atriz é um exemplo de mulher, acessível e compartilha os sonhos e valores femininos. Em matéria publicada pela Revista Criativa On-line em 10/03/2010 informa que Reese Whiterpoon apresentou nesta data em Washington, nos Estados Unidos, o “Anel da Atitude”, que chega em uma campanha global contra a violência domestica, o lançamento estará disponível em maio com 1,1 milhão de revendedoras brasileiras e parte dos lucros vai para projetos nacionais relacionados à segurança da mulher.
http://revistacriativa.globo.com/Revista/Criativa/0,,EMI126324-17356,00-REESE+WITHERSPOON+CONTRA+A+VIOLENCIA+DOMESTICA.html
No campo do consumo, o argumento da mídia para despertar nas pessoas de todo o mundo o desejo de utilizar produtos que reflitam a realidade norte-americana é muito forte, como afirma Gois:
Essa presença revela uma crescente absorvição da cultura norte-americana, generalizadamente, como fruto do desejo de se estruturar um padrão de vida baseado no cotidiano americano. Evidencia-se um comportamento coletivo que permite às diversas áreas sociais e econômicas a exploração desse desejo como forma de imposição de determinados produtos, como é o caso da moda. (GOIS, 2009 fl. 04).
O Anglicismo Sob o Ponto de Vista das Revendedoras da Avon
Menos de um ano (5), De um à dois anos (3), De dois à cinco anos (6), De cinco à dez anos (2), Mais de dez anos (5), Total de revendedoras (21).
As revendedoras foram questionadas sobre quais eram suas impressões em relação ao uso dos estrangeirismos no momento da venda dos produtos, ao perguntar se elas tinham algum tipo de prejuízo nas vendas pelo fato da maioria dos cosméticos terem nomes estrangeiros, 28,5% disseram que sim e 23,9% disseram que somente às vezes isso atrapalhava, contra 47,6% que declararam não ter nenhum tipo de problema em vender os cosméticos por terem nomes de origem inglesa. As revendedoras que disseram ter problemas, afirmaram que o único fator negativo era não saberem pronunciar corretamente os nomes dos produtos.
Quanto à pronúncia dos nomes estrangeiros, 80,9% das entrevistadas confessaram não saber como falar corretamente os nomes da maioria dos produtos que vendem, e disseram que apesar disso, os consumidores não se importavam, pois muitas vezes, nem mesmo eles sabiam reproduzir corretamente os nomes dos produtos que queriam comprar, e que eles inventavam outras formas de se referir ao produto.
Um dos produtos que a maioria das revendedoras disseram não conseguir pronunciar o nome foi o do lançamento da linha Renew Reversalist :
Outra curiosidade é a forma inovadora que elas encontraram de se referir a um determinado produto para compensar a dificuldade da pronúncia. Produtos como o desodorante Duration, os perfumes, Blue Rush, Iron Man, Bond Girl, entre outros, são facilmente pronunciados por elas, da mesma forma como se lê em português: [duɾathiõ], [blui huʃi], [iɾõ mã], bõdʒi giu], sem se preocupar com a fonética da língua inglesa; ou então, são referenciados por suas características, como cor do perfume, formato do frasco, embalagem, etc.
Por esse motivo, ao perguntar se o fato dos nomes serem estrangeiros facilitavam o relacionamento com o cliente, as opiniões ficaram muito equilibradas, 38,1% disseram que facilitavam e 38,1% disseram que não facilitavam já 23,8% das revendedoras afirmaram que isso era indiferente, em contra partida 85,7% delas afirmaram que os clientes se sentem mais importantes por estar comprado um produto com nome estrangeiro, reafirmando que o único problema era um certo desconforto na hora de pronunciar os nomes. Como aponta Zilles:
No campo das mudanças linguísticas, os empréstimos de palavras ou expressões são em geral associados a atitudes valorativas positivas do povo que os toma em relação à língua e à cultura do povo que lhes de origem. Muitas vezes são utilíssimos à elite, que assim se demarca como diferente e superior (...). Outras vezes, são felizes incidências na constituição identitária e cultural de um povo (...) (ZILLES, 2004, p. 156).
Outro ponto abordado foi, o que as revendedoras achavam sobre a possibilidade dos nomes dos cosméticos serem repensados e 61,9% disseram que não deveria mudar, porque os clientes já conhecem bem os produtos e estão acostumados com esses nomes, e a mudança poderia despertar o desinteresse por parte dos consumidores. Essa declaração deixa claro a observância das revendedoras quanto ao sentimento de ascensão despertados por se ter a impressão de estar consumindo um produto importado dos Estados Unidos.
Observe que apesar de haver uma grande resistência das revendedoras entrevistadas em relação a manter os nomes dos produtos em língua estrangeira e a dificuldade de pronuncia que apresentaram, a maioria delas acha que os clientes se sentem mais importantes por estarem comprando produtos com nomes de origem anglicista.
ANALISE DE DADOS
Percebeu-se com as entrevistas que, as opiniões a respeito do uso dos anglicismos em alguns nomes dos cosméticos da Avon foram bem equilibradas, constatando que o assunto tem uma característica muito polêmica.
sábado, 10 de abril de 2010
Resumo
A cada dia que passa a população brasileira se apropria de termos estrangeiros, principalmente os de origem inglesa para expressar idéias, provavelmente isso se deva ao fato do forte poder político, econômico e cultural que hoje Os Estados Unidos da America têm em relação à cultura mundial. Consequentemente criou-se uma necessidade de consumo que refletisse os costumes e hábitos norte americanos. Então logo os brasileiros se acostumaram aos Fast Foods, vestuários, cosméticos entre outros produtos americanizados disponíveis no mercado nacional. O objeto de estudo dessa pesquisa será a relação que os brasileiros têm com o uso da língua inglesa que vem sendo incorporada no idioma materno, e que consequências isso poderá ter na manutenção da língua portuguesa do Brasil. Corremos riscos de perder nossa identidade nacional? Nosso idioma está sumindo? O uso exagerado dos estrangeirismos é prejudicial à comunicação entre os brasileiros? Para delimitar o tema usarei como base de pesquisa a comunidade que vende e utiliza produtos da Avon – Empresa Norte Americana, fundada em 1886 e atua no Brasil desde 1959 vendendo seus cosméticos com nomes estrangeiros para a população brasileira.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
ALGUNS DADOS PARA SEREM PESQUISADOS
Devo gravar o modo que as revendedoras pronunciam os nomes dos produtos AVON e também fazer uma entrevista para saber que impressão elas tem a respeito dos produtos, se elas acham o que o nome estrangeiro ajuda ou não no relacionamento com os clientes. Mas vou precisar da ajuda do meu orientador para compor as perguntas que devo fazer.
Outro dado que eu preciso saber é como os nomes dos produtos AVON é pronunciado em outros países, sobretudo naqueles que são mais rígidos quanto ao uso do estrangeirismo como Portugal e eEspanha por exemplo. Ontem passei a tarde inteira procurando vídeos promocionais da Avon de outros países na internet, percebi que não existe muitos de Portugal, encontrei 1 ou 2 das próprias revendedoras (video caseiro) falando sobre os produtos.
A única que encontrei de Portugal era uma brasileira que mora lá, e ela dava uma rápida explicação que os produtos da linha RENEW (renovação) lá é chamado de ANEW (de novo), porém os outros produtos permanecem com os mesmos nomes.
http://www.youtube.com/watch?v=Y0cVVA3iD_0
Disponível em 25/02/2010
Já uma revendedora da espanha fez um video demonstrando alguns produtos, e ao mencionar os nomes pronunciou com acento inglês.
"http://www.youtube.com/watch?v=rzeY473koWs&feature=related"
Disponível em 25/02/2010
Achei outros videos promocionais de outros países, e todos eles pronunciam os nomes dos produtos com acento inglês, apesar de falarem outro idioma.
"http://www.youtube.com/watch?v=Xcrd7DQS-d8"
Disponível em 25/02/2010
UMA FRASE PARA CADA ITEM II
Fiz uma pequena alteração no item "Problema/Pergunta", pois da maneira que estava acredito ser um problemas mais para a área administrativa do que para a linguística, então resolvi dar mais enfase ao comportamento linguístico das revendedoras e clientes AVON quanto ao nome dos produtos vendidos.
Ficou assim:
Tema: " A Influência do Estrangeirismo na Língua Portuguesa"
Delimitação: "O Exagero do Estrangeirismo nos Nomes dos Produtos AVON Vendidos no Brasil"
Problema/Pergunta: " Como as revendedoras e clientes se comportam diante da pronuncia dos nomes dos produtos AVON devido as dificuldades para reproduzir nomes estrangeiros, uma vez que pode não conhecer a língua inglesa e o significado das palavras?"
Hipótese: "A Fácil Aceitação de Culturas de Outras Nações pelo povo brasileiro facilita a aceitação dos produtos AVON, mesmo que vendedores e clientes tenham que se adaptar à pronuncia de palavras estrangeiras com dificuldades"
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
UMA FRASE PARA CADA ITEM
Delimitação: "O Exagero do Estrangeirismo nos Nomes dos Produtos AVON Vendidos no Brasil"
Problema/Pergunta: "As dificuldades dos vendedores e clientes para reproduzir nomes estrangeiros, uma vez que, pode não conhecer o significado das palavras e/ou não saber pronunciá-las acarreta alguma consequencia negativa para o sucesso das vendas e aceitação dos produtos AVON?"
Hipótese: "A Fácil Aceitação de Culturas de Outras Nações pelo povo brasileiro facilita a aceitação dos produtos AVON, mesmo que vendedores e clientes tenham que se adaptar à pronuncia de palavras estrangeiras com dificuldades"
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O PLANEJAMENTO DE PESQUISA II
Devido a colonização portuguesa, os povos autóctones do Brasil foram obrigados a aprenderem o idioma português por diversos motivos, entre eles, a pretexto religiosos, pois para os portugueses os índios estavam vivendo em pecado fora de sua doutrina católica, dessa forma herdamos de nossos colonizadores a língua portuguesa, porém com algumas características que diferenciam o português brasileiro do português europeu. Dentre essas características podemos citar as influências que o Brasil teve de outros idiomas, trazidas por imigrantes de diversas partes do planeta e em épocas diferentes.
Ainda no período da colonização, os portugueses trouxeram para o Brasil escravos africanos que influenciaram indiretamente no nosso repertório lexical, assim como os franceses, e claro a própria língua tupi dos índios brasileiros. Esse conjunto de riquezas culturais dão ao português brasileiro uma diversidade e características distintas ao do português europeu.
Com a segunda guerra mundial os Estados Unidos da América instalou no nordeste brasileiro, mais especificamente em Natal - RN e em Fortaleza-CE suas bases aéreas como foram seus principais pontos estratégicos.
Com a presença de militares norte americanos em terras brasileiras recebemos então suas influências linguísticas, e os brasileiros como de costume aceitou a cultura americana bem como introduziu no seu cotidiano as novas palavras para se referirem aos novos hospedes.
Hoje continuamos cada vez mais a aceitar e utilizar os termos anglicistas pois nos dá uma conotação de prestígio, afinal os Estados Unidos da América é sinonimo de poder político, econômico, cientifico e cultural.
Concluindo então hipotéticamente o Brasil tem por característica aceitar bem o que vem de fora, e falando linguísticamente aceitamos as influencias de outros idiomas com facilidade, e nos dias atuais com o argumento da globalização e o domínio geopolítico do inglês passamos a adotar o estrangeirismo anglicista sem muitas vezes nem nos darmos conta que estamos usando expressões estrangeiras em nosso discurso.
O PLANEJAMENTO DA PESQUISA
Tema: "Estrangeirismo"
Delimitação: A definir...
Problema: "O Exagero do Estrangeirismo no Português Brasileiro"
Hipótese: "A fácil absorção de Culturas de Outras Nações"
Pergunta: A definir...
Não vou falar muito do tema neste momento, nem sobre suas delimitações, quero primeiro me aprofundar no PROBLEMA e HIPÓTESE para que eu tenha mais dados e assim definir esses itens.
Em situações comunicativas em língua portuguesa, percebemos que mesmo em momentos em que nosso idioma da conta de expressar uma determinada ideia, muitas vezes utilizamos palavras e expressões emprestadas de outras línguas, sobretudo do inglês. Ocorre que muitas vezes esse uso de estrangeirismo é exagerado, isso torna-se um problema por vários motivos:
- Uso de termos em inglês sem necessidade;
- Esquecimento de como se expressar ou descrever um pensamento ou ideia na língua materna;
- O não entendimento do discurso pelos interlocutores;
- O interlocutor encontra dificuldades para reproduzir e explicar a informação recebida uma vez que, pode não conhecer o significado da palavra estrangeira e não saber pronunciá-la;
- A não valorização do idioma materno em detrimento do idioma estrangeiro.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Um Esquema para Monografia
Dúvidas e Dificuldades...
Em outras palavras estou perdido, preciso encontrar uma luz para me guiar, tenho q entregar essa monorafia até o final de maio, estou desesperado!!!
Vou amanhã mesmo na faculdade conversar com ele. De-repente me passou até uma idéa meio doida, de fazer uma pesquisa quantitativa e entrevistar pessoas que são especialistas da área de linguística e também outras pessoas comuns usuárias da língua a cerca de assunto em questão. E fazer algumas ponderações com embasamento teórico.
Bom vou descansar um pouco, mas resolvo isso, esse trabalho tem que ter a minha cara, vou me dedicar profundamente, desejo fazer um trabalho interessante, e eu vou conseguir!
sábado, 6 de fevereiro de 2010
A INFLUÊNCIA DO ESTRANGEIRISMO NA LÍNGUA PORTUGUESA
As colônias britânicas foram inicialmente colônias "privadas" , as chamadas "colônias por decreto", ou seja, cada uma era o domínio concedido pela Coroa a uma companhia privada, que passava a deter o monopólio de todas as atividades comerciais destinadas à exportação naquele terrritório. Esse foi especialmente o caso da famosa Companhia das Índias, até 1858. Tais companhias geralmente não tinham a preocupação de desenvolver o ensino e de pagar professores primários em seus domínios. Mas é preciso levar em conta que a colonização inglesa que o sistema de "governo indireto" praticava apoiava-se em notáveis autóctones,que tinham numerosos contatos com os europeus. Para esses notáveis, a utilização do inglês era um privilégio de classe e um fator de ascensão no dispositivo da colonização. É preciso ainda levar em consideração que os ingleses aplicaram no além mar aquela que foi desde o século XVIII uma de suas características específicas, tanto no plano político como no cultural: a importancia conferida aos jornais e o respeito à liberdade de imprensa. Diferentemente das colônias francesas da África tropical, que só vieram a ter jornais de verdade depois da Segunda Guerra Mundial, as colônias inglêsas viram a criação de jornal desde o início do século XIX, inicialmente por europeus, depois por africanose sobretudo por indianos, que esreviam e publicavam em inglês. Esses jornais, que sempre se tranformaram em órgãos de oposição, desempenharam um importante papel na formação de movimentos de reivindicação nacional.